Seção um - Percy Jackson

Aqui está o livro Guia Definitivo que vai ser separado em algumas partes

PERCY JACKSON está bem acima da média, ainda que essa não seja a situação de suas notas (bem, tecnicamente, elas estão mais para “abaixo da média”). As diferenças não são óbvias de cara, mas ficam cada vez mais evidentes quando Percy completa doze anos. Ele começa a deparar com situações estranhas. É atacado por monstros e faz amizade com um sátiro. E isso é só o começo. Quando Percy vai para o Acampamento Meio-Sangue, um novo mundo se abre diante dele…

“Ser um meio-sangue é perigoso. É assustador. Na maioria das vezes, acaba com a gente de um jeito penoso e detestável… se você se reconhecer nestas páginas — se sentir alguma coisa emocionante lá dentro… você pode ser um de nós. E, uma vez que fica sabendo disso, é apenas uma questão de tempo antes que eles também sintam isso, e venham atrás de você. Não diga que eu não avisei.”

— Percy Jackson

“Vamos, Percy. O que vocês chamam de ‘civilização ocidental’. Você acha que é apenas um conceito abstrato? Não, é uma força viva. Uma consciência coletiva que ardeu brilhantemente por milhares de anos. Os deuses são parte dela… A chama começou na Grécia. Então… o coração da chama se mudou para Roma, e assim fizeram os deuses… Aonde quer que a chama brilhasse mais, lá estavam os deuses. Os deuses simplesmente se mudaram… Eles passaram vários séculos na Inglaterra… Em todos os lugares onde reinaram… você pode vê-los em pinturas, em estátuas, nos prédios mais importantes. E… agora eles estão nos seus Estados Unidos. Olhe para o símbolo do país, a águia de Zeus. Olhe para a estátua de Prometeu no Rockefeller Center… Goste ou não, os Estados Unidos são agora o coração da chama. São a grande potência do Ocidente. E, portanto, o Olimpo é aqui.”

— Quíron

“Tenho doze anos de idade. Até alguns meses atrás, era aluno de um internato, na Academia Yancy, uma escola particular para crianças problemáticas no norte do estado de Nova York. Se eu sou uma criança problemática? Sim. Pode-se dizer isso.”

PAIS, OU FALTA DE PAIS

Sally Jackson

Mãe de Percy. Tem cabelos castanhos compridos, com alguns poucos fios grisalhos, olhos da cor do mar e um sorriso tão acolhedor quanto um edredom. Sally ficou órfã ainda muito pequena…

Sally não se casou com o pai de Percy, mas diz que conhecê-lo foi a melhor coisa que já lhe aconteceu. Ele era um homem rico e importante, e seu relacionamento com ela era segredo. Certo dia ele embarcou em um navio para navegar o Atlântico e nunca mais voltou… Então Sally criou Percy sozinha.

“Minha mãe é a mulher mais gentil do mundo. Devia ter se casado com um milionário, não com um imbecil como Gabe.”

Gabe Ugliano

Sally trabalhava em uma doceria na Grande Estação Central quando se casou com Gabe Ugliano, um sujeito gordo, careca, que bebia cerveja e fumava charutos, a quem Percy deu o apelido de Gabe Cheiroso pois ele fedia como uma pizza de alho mofada embrulhada em um calção de ginástica. Gabe era gerente de um Hipermercado de Eletrônica, e normalmente ficava em casa jogando baralho com seus cupinchas. Ele implicava com Percy, exigindo dinheiro para financiar sua jogatina.

ACONTECIMENTOS RUINS NOS PRIMEIROS ANOS DA VIDA DE PERCY

• Ainda muito pequeno, Percy Jackson cochilava na pré-escola quando uma cobra rastejou até seu berço. Ninguém percebeu, até que a mãe foi buscá-lo e o encontrou brincando com a cobra morta, que ele havia estrangulado.
• No terceiro ano, um homem de capa de chuva preta abordou o menino no parquinho da escola. Quando os professores ameaçaram chamar a polícia, o estranho foi embora resmungando. Ninguém acreditou quando Percy contou que o homem tinha apenas um olho bem no meio da testa.

EXPULSO

Percy teve problemas na escola desde que se entende por gente. Aos doze ele já havia passado por seis escolas em seis anos, porque sempre acaba sendo expulso de todas. Foi diagnosticado com dislexia e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), mas esses não foram seus únicos obstáculos: aconteceram coisas inexplicáveis na escola e em passeios com a turma.

AS MANCADAS DE PERCY

• No quarto ano, sua turma fez um passeio pelos bastidores do tanque de tubarões do Mundo Marinho. Percy acionou a alavanca errada perto da passarela por onde todo mundo estava passando, e a turma inteira tomou um banho inesperado com os tubarões.
• No quinto ano, ele visitou o campo da batalha de Saratoga e causou um acidente com um canhão da Revolução Americana. Ele disse que não estava mirando no ônibus da escola, mas mesmo assim o veículo foi atingido em cheio e isso resultou em mais uma expulsão.

A ÚLTIMA DAS EXCURSÕES

Na excursão do sexto ano, Percy foi com seus colegas da Academia Yancy ao Metropolitan Museum. Foi lá que começaram os eventos extraordinários que acabaram levando Percy ao Acampamento Meio-Sangue.

PERSONAGENS DE YANCY

Nancy Bobofit: sardenta, ruiva, cleptomaníaca. A pessoa que mais atormenta Percy, catalisadora dos eventos surpreendentes no museu.

Grover: melhor amigo de Percy, é o único aluno do sexto ano com espinhas e barbicha. Cabelos castanhos cacheados. Liberado das aulas de educação física por causa de uma deficiência muscular nas pernas.

Sr. Brunner: professor de latim de Percy, de meia-idade, usa cadeira de rodas motorizada. Cabelo ralo, barba por fazer. Usa um casaco surrado de tweed e conta histórias e piadas em aula. Coleciona armas romanas.

Sra. Dodds: professora cruel de matemática, está sempre de casaco preto de couro e não gosta de Percy. No museu, ela se transforma em uma bruxa enrugada com presas amareladas e ataca o menino.

O que aconteceu?

O sr. Brunner, professor de latim de Percy, joga para ele uma caneta esferográfica que, na mão do garoto, vira uma espada de bronze. Um único golpe e a lâmina atravessa facilmente o corpo da professora de matemática.

“A sra. Dodds era um castelo de areia debaixo de um ventilador. Ela explodiu em areia amarela, reduziu-se a pó, sem deixar nada além do cheiro de enxofre, um grito estridente que foi sumindo e um calafrio de maldade no ar, como se aqueles olhos vermelhos incandescentes ainda estivessem me olhando.”